O que se sabe e o que falta descobrir sobre cadáver de italiano mantido escondido por meses no RJ

O corpo do aposentado italiano Dario Antônio Rafaele D’Otavio, de 88 anos, foi encontrado em estado avançado de decomposição em um quarto fechado na casa onde ele morava, localizada na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro. A descoberta chocou a vizinhança e levantou uma investigação da Polícia Civil para entender o que realmente aconteceu.

O mistério veio à tona depois que vizinhos começaram a notar o sumiço do idoso, uma figura conhecida no bairro Cocotá. Preocupados, fizeram denúncias à polícia, que obteve um mandado judicial para entrar na residência. Ao acessar o imóvel, os agentes encontraram o corpo de Dario sobre uma cama, em um quarto do quarto andar da casa, na última quinta-feira (22).

O delegado responsável pelo caso, Felipe Santoro, explicou que, segundo a perícia, o aposentado estava morto há pelo menos seis meses. Ainda não está claro se a morte foi natural ou se houve algum tipo de intervenção. A investigação também tenta esclarecer por que o corpo permaneceu escondido por tanto tempo.

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Um fato que chama atenção é que a filha de Dario, Tânia Conceição Marchese D’Ottavio, dormia no mesmo quarto onde o corpo foi encontrado, enquanto o irmão, Marcelo, ocupava outro cômodo da residência. Para tentar esconder o cheiro da decomposição, os cômodos foram adaptados: panos e plásticos foram usados para vedar portas e janelas, evitando que o odor despertasse suspeitas entre os vizinhos.

A polícia trabalha com a hipótese de que a motivação para esconder o corpo tenha sido financeira. Os irmãos não tinham emprego formal e foram encontrados bens aparentemente novos na casa. O delegado Felipe Santoro acredita que eles possam ter vivido do dinheiro que recebiam em benefício do aposentado. Por isso, a Polícia Civil está analisando transações bancárias e outras movimentações financeiras feitas após a data da morte.

Depois de serem presos em flagrante, Tânia e Marcelo foram levados a uma clínica psiquiátrica para avaliação, pois apresentaram sinais de transtornos psicológicos.

Este caso, além de chocante, levanta questões importantes sobre vulnerabilidade familiar, saúde mental e o funcionamento dos sistemas de assistência social e previdenciária. A investigação segue em andamento para esclarecer todos os detalhes e garantir que a justiça seja feita.

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