Morre “Professor”, um dos chefes do Comando Vermelho no Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga as circunstâncias da morte de Fhillip da Silva Gregório, conhecido no meio criminoso como “Professor”. Apontado como uma das figuras de destaque do Comando Vermelho (CV) na capital fluminense, ele morreu na noite deste domingo (1º), após dar entrada, gravemente ferido, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho, na zona norte da cidade. Fhillip não resistiu aos ferimentos.

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está à frente da investigação e já começou a ouvir testemunhas. Uma mulher, que mantinha uma relação extraconjugal com o traficante, procurou a polícia espontaneamente e afirmou que ele teria tirado a própria vida. A testemunha também entregou aos agentes a arma que, segundo ela, foi usada por Fhillip no suposto suicídio.

Ascensão no crime

Conhecido pela alcunha de “Professor”, Fhillip da Silva Gregório acumulou poder dentro da facção ao longo dos últimos cinco anos. Ele era considerado um dos principais responsáveis pelo fornecimento de armamento pesado que abastecia a expansão territorial do Comando Vermelho, especialmente na zona oeste da cidade.

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Seu domínio se consolidou na favela da Fazendinha, localizada no interior do Complexo do Alemão — uma das regiões mais conflagradas do Rio. Ali, Fhillip exercia controle e influência sobre as atividades ilegais, sendo visto como “dono” da comunidade, termo comum no vocabulário do tráfico.

Investigação em andamento

Apesar da versão apresentada pela mulher, a Polícia Civil trata o caso com cautela. Diligências estão sendo realizadas para verificar a veracidade dos relatos, a origem da arma e a dinâmica exata dos fatos que resultaram na morte de Fhillip. A possibilidade de queima de arquivo ou execução disfarçada também não é descartada pelos investigadores neste momento inicial.

Confira a nota da Polícia Civil na íntegra:

“A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada e investiga a morte de Fhillip da Silva Gregório, o ‘Professor’. Uma testemunha, com quem ele mantinha relação extraconjugal, se apresentou e afirmou que ele cometeu suicídio. Ela entregou a arma que teria sido usada pelo criminoso. Diligências estão em andamento para apurar todos os fatos.”

A morte de uma figura central do tráfico reacende o debate sobre disputas internas dentro das facções e levanta novas questões sobre o controle do território na capital fluminense.

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