A Justiça do Rio de Janeiro decidiu, nesta sexta-feira (30), substituir a prisão preventiva do influenciador Vitor Vieira Belarmino por medidas cautelares. A decisão foi assinada pela juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, da 1ª Vara Criminal da Capital.
Vitor responde por homicídio após atropelar e matar o fisioterapeuta Fábio Toshiro Kikuta no dia 16 de julho de 2023, poucas horas depois de ele ter se casado com Bruna Villarinho. O casal estava hospedado em um hotel na orla do Recreio dos Bandeirantes e, ao sair para um passeio à beira-mar, Fábio foi atingido pela BMW conduzida por Vitor. O impacto foi fatal, e o noivo morreu no local.
Dez meses foragido
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Após o acidente, Vitor ficou foragido por quase dez meses. Ele só se apresentou à polícia no último dia 19 de maio. Mesmo com esse histórico, a juíza decidiu revogar a prisão preventiva, argumentando que medidas alternativas seriam suficientes neste momento da investigação.
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O que diz a Justiça
Na decisão, a magistrada destacou que o réu é primário e possui bons antecedentes, e que, apesar de haver 97 infrações registradas em sua carteira de habilitação, apenas 11 foram efetivamente atribuídas a ele. A juíza também argumentou que nenhuma dessas ocorrências envolvia excesso de velocidade — ponto que tem sido central no caso.
Laudo técnico contradiz defesa
Apesar da justificativa apresentada na decisão, o inquérito da Polícia Civil inclui imagens de câmeras de segurança e laudo pericial que confirmam que o carro de Vitor estava a 109 km/h em uma via onde o limite é de 70 km/h. Testemunhas também relataram que o veículo trafegava em alta velocidade e de forma perigosa.
Ministério Público é contra soltura
O Ministério Público se manifestou contrariamente à liberdade do acusado. O órgão argumentou que Belarmino permaneceu foragido durante praticamente toda a fase de instrução do processo e que há risco de interferência nas investigações e no andamento judicial.
Medidas cautelares impostas
Com a revogação da prisão, Vitor terá de cumprir uma série de restrições. Entre elas:
- Comparecer mensalmente à Justiça para justificar suas atividades;
- Entregar a carteira de habilitação e não dirigir veículos automotores;
- Não frequentar casas noturnas entre 22h e 6h;
- Não se aproximar da viúva, Bruna Villarinho, ou das testemunhas do caso, mantendo distância mínima de 500 metros;
- Não sair do estado do Rio de Janeiro por mais de 30 dias sem autorização judicial;
- Entregar o passaporte às autoridades.
Repercussão e expectativa
O caso tem gerado grande comoção e indignação nas redes sociais, especialmente por envolver uma tragédia ocorrida em um dos momentos mais significativos da vida da vítima: o dia do seu casamento. Com a decisão judicial, cresce a expectativa sobre os próximos desdobramentos do processo e a possível data do julgamento.
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